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Saída da Caixa

"Assim como a flor de lótus, todos temos a habilidade de crescer a partir da lama, florescer na escuridão e irradiar a nossa beleza ao mundo"

"Assim como a flor de lótus, todos temos a habilidade de crescer a partir da lama, florescer na escuridão e irradiar a nossa beleza ao mundo"

29
Set21

Encontros Especiais

publicado por Tânia Teixeira

pessoas que nos tocam na alma.

Há pessoas que só por existirem, já emanam para o Universo, energia da boa.

Já nos diz a música "há gente que fica na história, da história da gente", e não precisam sequer de falar muito, às vezes só até um olhar, um gesto, uma palavra...

Há pessoas que se cruzam connosco, quase como se de um encontro marcado se tratasse. Bom, o UNIVERSO tem de certeza mão nisto. Mas ainda bem que ele arranja um espacinho na sua agenda para estes encontros especiais. Encontros com propósito e sentido

Hoje recordo um encontro que a vida me ofereceu, com um ser que já não se encontra entre nós. Com um ser que com os seus lindos 80 anos me lia a alma, apenas com o seu olhar. Recordo com carinho o presente que um dia me ofereceu dizendo: "a coruja é sinal de inteligência", guardo-o como se de um tesouro se tratasse, e assim o é na verdade. E quando olho para ele, tenho a certeza que este ser maravilhoso (onde quer que esteja), sabe o quão importante foi para mim tê-lo conhecido.

Até um dia...

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22
Set21

Empatia por onde andas?

publicado por Tânia Teixeira

Desde miúda que sempre gostei de ajudar/apoiar os outros. Nascida no seio de uma família católica praticante, foi desde logo incutido em mim o lema "não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti". Para mim sempre foi, e ainda o é (arrisco-me mesmo a dizer, que o é cada vez mais), um lema muito fácil de seguir. Não o faço por medo de represálias divinas, faço-o porque sou sensível ao sofrimento dos outros, sofrimento esse que hoje ou amanhã pode ser meu também.

A empatia é para mim algo urgente e necessário, por pessoas melhores, para um mundo melhor. Saber pormo-nos no lugar do outro, sentir as suas dores e alegrias, dá-nos outras perspetivas. Arrisco-me a dizer que se praticássemos mais este "exercício", o julgamento seria certamente, algo que perderia a sua força.  Quando tentamos "andar com os sapatos do outro", ficamos com a noção do seu contexto e das suas dificuldades. 

O sofrimento dos outros causa em mim desassossego e penso que com a idade, esta sensibilidade se vem intensificando. Acho que a maternidade também trouxe ainda mais esta consciência. Pensar que o meu filho possa sofrer nas mãos de quem a empatia não abunda, é algo que me deixa o coração apertado. 

Senti várias vezes esta falta de empatia na pele (literalmente), e sei o quão mau e devastador pode ser. Sofri de graves problemas de pele, e posso garantir-vos que empatia foi coisa que pouco ou nada senti ao meu redor. Nos meus tenros 21 anos, passei por um tratamento, que me deixou a cara em modo "obras de Santa Engrácia". Andava na universidade, e se a minha auto-estima já não era grande coisa, depois destes longos 8 meses, caiu para -500. Desde pessoas (que não conhecia de lado nenhum) a ofereceram-me gratuitamente diagnósticos de rua, a pessoas que ficavam chocadas a olhar para mim, com aquele olhar de pena/nojo...ou dizerem que devia comer menos chocolates, bem foi um pouco de tudo. Foi talvez o ano da universidade em que me hidratei mais, não com álcool, mas com as lágrimas que me caíam do rosto. Sim...foram umas belas litradas de lágrimas derramadas.

A falta de empatia continuei a senti-la, que era para não estranhar. Hoje falo disto com leveza, e humor, mas na altura fiquei completamente devastada. Fugia dos espelhos a sete pés, simplesmente não me reconhecia na imagem que via refletida. Demorei muito tempo a mudar isso em mim. Talvez se a empatia tivesse feito parte da equação, as mazelas teriam sido certamente, um pouco menos pronunciadas.

Com esta minha partilha, quero efetivamente apelar a mais empatia, a menos julgamento e a mais amor. Está nas nossas mãos, evitar enormes devastações emocionais e psicológicas. Dar amor é gratuito e faz milagres.

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15
Set21

Liberdade

publicado por Tânia Teixeira

Liberta-te...

Dos olhares

Dos burburinhos

Do que te desconecta de ti mesmo

Do que te tira o foco

Solta-te...

Das tuas amarras

Das amarras que te "ofereceram"

Dos preconceitos

Da "roupa" que não te serve

Daquela que te obrigaram a vestir

Larga...

O que não se adequa a ti

O que não te faz feliz

O que não te enche as medidas

O que não respeita a tua essência

E eleva-te...

Caminha no desconhecido, vestido de coragem

Vence os teus medos

Vence os teus preconceitos 

Vai devagar mas, liberta, solta e larga tudo o que atrasa a tua evolução.

Com uma bagagem mais leve, caminhas mais e melhor.

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08
Set21

Perdão

publicado por Tânia Teixeira

Em pequenos, somos ensinados a pedir perdão quando erramos com alguém. É um gesto importante, e de enorme nobreza e humildade. Mas pedir perdão não é exclusivo para se usar apenas com as outras pessoas. 

Quantas vezes nos agredimos e nos fazemos tão mal? Quantas vezes nos preenchemos de amargura, revolta, raiva  bloqueando a nossa evolução, crescimento e felicidade?

Já pensaste se nessas alturas também não deverias parar, e perdoar-te por seres tão injusto(a) contigo? Tantas vezes nos desculpamos aos outros, até por sermos quem somos, com receio de não sermos aceites. Andamos à margem de nós mesmos, afogando em águas alheias, aquilo que nos identifica, e nos faz brilhar.  Respira fundo e perdoa-te, por cada erro que cometeste/cometes, eles fazem parte do processo, sem eles não aprenderias. 

Perdoa-te por acumulares em ti sentimentos que te consomem energia e te levam à tristeza...

Perdoa-te quando não te sentes suficiente...

Perdoa-te por te deixares ir ao sabor do vento, acreditando que a revolta te defenderá para sempre...

Perdoa o que houver para perdoar, devagar e com calma, para que o caminho se faça de forma tranquila, e...

Nunca te esqueças de ter sempre à mão, o teu kit de amor próprio.

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04
Set21

"Ansiedade...para que te quero?"

Texto escrito pela Dra. Margaret Almeida

publicado por Tânia Teixeira

Será que sabe reconhecer os sinais da ansiedade?

Sabia que ter uma perturbação de ansiedade e vivenciar um ataque de pânico não é a mesma coisa?

Muitos são os que chegam à minha consulta e só depois de explicada a diferença entre estes estados emocionais, percebem que vivem com ansiedade há anos. Felizmente procuraram apoio psicológico.

Cada vez mais se fala na ansiedade e, nos desafios que esta perturbação traz para a vida de quem tem de conviver com os sintomas associados a ela.

Hoje vamos explicar para que serve este mecanismo biológico e emocional.

O cérebro foi concebido para nos proteger e tem como único objetivo: a nossa sobrevivência. Quando ele interpreta uma situação como sendo ameaçadora/perigosa, ativam-se no nosso corpo, todos os mecanismos energéticos que o colocam pronto para lutar ou fugir, tal como acontece com os animais. A pessoa fica num estado permanente de ativação e alerta, vendo e sentindo o perigo iminente onde ele não existe e, isto torna-se insuportável e desgastante na vida da pessoa.

Imagine o sistema de alarme da sua casa a disparar só porque passou uma mosca, e não quando entram os reais ladrões! Ninguém iria aguentar aquele barulho da campainha a tocar o tempo todo, pois não? Então imagine isto, diariamente, sem hora marcada, de forma inesperada e, em situações que se podem tornar prejudiciais para a vida da pessoa a nível social, profissional e pessoal.

Fisicamente o que acontece? O coração começa a acelerar, uma forte dor no peito aparece, suores quentes e frios fazem-se sentir no corpo todo, formigueiros nas extremidades do corpo, tonturas e, por fim o pensamento surge: “vou ter um ataque cardíaco e vou morrer”. Isto torna-se um ciclo vicioso que não acaba e destrói a vida da pessoa se não for tratado. Isto gera na pessoa um estado de hipervigiância permanente; uma angústia inexplicável de morrer; um medo extremo de ter ataques de pânico ou crises de ansiedade em momentos importantes para a vida da pessoa; onde uma tontura pode ser interpretada como um sinal de desmaio prestes a acontecer; as dificuldades respiratórias remetem para a possibilidade de asfixia e, logo à possibilidade da morte.

Quando o nosso cérebro lê os sinais exteriores de forma errada e/ou catastrófica, o pânico instala-se e traz consigo a taquicardia, os suores, hiperventilamos quando o que realmente ajuda é fazer o oposto: retirar o ar que inalamos muito lentamente na nossa expiração, levando assim à diminuição do ritmo cardíaco parando a crise de ansiedade ou o ataque de pânico.

Existem, no entanto, diferenças entre ter um ataque de pânico ou uma crise de ansiedade. De uma forma simples, o ataque de pânico está inserido na vivencia diária das crises de ansiedade ou estados de ansiedade.

A ansiedade é assim um estado mais prolongado no tempo, durando várias semanas, enquanto o ataque de pânico leva à sensação de que vamos morrer, a sensação de que o corpo se vai desligar a qualquer momento tal é a intensidade do que se sente fisicamente e, isto acontece num prazo de 1 minuto, gerando um pico emocional na pessoa, podendo durar 15-30 minutos.

Ninguém quer viver neste estado diariamente e por isso acabam por pedir ajuda. Geralmente começam por recorrer ao psiquiatra, achando que a medicação irá eliminar definitivamente a ansiedade. O problema é que isto se torna uma espécie de penso rápido, que funciona no momento de crise, mas não trata a raiz do problema, não muda crenças, não trabalha traumas, não ensina formas diferentes de lidar com as emoções e a gerir estados emocionais. A Psiquiatria e a Psicologia devem e podem andar de mãos dadas. Hoje em dia, existem formas de tratar a ansiedade. É sim, importante aprender a gerir a sua ansiedade, sobretudo num estado mais inicial da terapia, no entanto o objetivo último de qualquer Psicólogo é trabalhar com a pessoa a origem do que levou à presença e à necessidade destes estados emocionais na pessoa e, eliminar este estado de Hipervigilância e alerta mas, não a ansiedade que nos protege. Todas as emoções são importantes, desde que na dose certa.

Costumo dizer aos meus clientes que a ansiedade tem um papel importante na nossa vida, geralmente ela quer ajudar e alertar-nos para algo que é disfuncional na nossa vida e, que por algum motivo, ainda não fomos capazes de mudar e alterar.

Nunca é tarde para mudar! Nunca é tarde para conduzir a sua vida e, não se deixar ser conduzido por esta sua “amiga”...a ansiedade.

Procure ajuda, cuide de si e partilhe este texto com o maior número de pessoas. Queremos mais pessoas felizes e em paz consigo próprias.

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Drª Margaret Almeida

Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta

EMDR| Brainspotting | IFS |SE | Hipnoterapia

www.margaretalmeida.com

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