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Saída da Caixa

"Assim como a flor de lótus, todos temos a habilidade de crescer a partir da lama, florescer na escuridão e irradiar a nossa beleza ao mundo"

"Assim como a flor de lótus, todos temos a habilidade de crescer a partir da lama, florescer na escuridão e irradiar a nossa beleza ao mundo"

29
Dez21

Retrospectiva 2021

publicado por Tânia Teixeira

Mais um ano quase quase a chegar ao fim, e hoje sinto em mim uma necessidade de olhar para estes meses volvidos, e valorizar cada passo dado. Se foi um ano fácil? Não, não foi, mas não o foi certamente para muita gente. E está tudo bem, são anos desafiantes que nos mostram outros caminhos, outras metas, outros atalhos, enfim outras opções. 

Para mim foi um ano desafiante em várias vertentes, mas foi também um ano de aprendizagem. Foi um  ano em que conheci novas pessoas, novas partilhas, mas onde houve muito tempo só, muito tempo para pensar e para párar de pensar. Tempo em que os medos surgiram e me travaram, tempos em que tive de os enfrentar e arriscar, em que tive de me por em causa enquanto mãe, enquanto esposa, enquanto filha, enquanto pessoa...e mesmo assim está tudo bem, faz parte do processo e do nosso crescimento, e ainda bem que assim o é.

Hoje olhando mais a fundo lá para trás, quero acima de tudo agradecer, agradecer por todas as pessoas que 2021 trouxe até mim, agradecer ainda por todas aquelas que se mantiveram e mantêm junto a mim, e agradecer aquelas que 2022 me trará.

Que se fechem os ciclos necessários para o nosso crescimento, e que surjam novos ciclos, repletos de força e coragem para enfrentar o novo ano que se avizinha, e que vai ser memorável.

Sei que é muito fácil perdermo-nos no vazio de alguns dias, mas é uma passagem necessária para que melhores coisas surjam. Sei ainda que a dor da solidão, pode ser lancinante, mas também sei que só na solidão nos encontramos profundamente connosco, e sabes, esse encontro pode fazer magia. Tantas curas se fazem em tempos de recolhimento...eu fiz algumas, e não precisam de ser grandiosas em tamanho, mas sim em significado, em apaziguamento.

Convido-te a ti também fazeres esta reflexão de fim de ano. Eu sei que por vezes achamos que temos de ter feito grandes obras, ter grandes resultados, e claro, isto é tudo muito subjetivo, mas temos de ser bondosos e perceber, que cada passo importa neste nosso caminho diário, e nestes dias todos que passaram, de certeza que destes muitos passos tão mas tão importantes, repara bem nisso e congratula-te, eu também o farei. 

Merecemos festejar cada passo, mesmo que nos pareça só um passinho, e esse é também um grande desafio para mim, por isso cá estarei de braços e coração aberto para que 2022 me traga tudo aquilo que preciso para dar mais uns quantos passos. Porque dias a preto e branco vão sempre existir, o que importa é a forma como os anos nos vão ajudando a colorir esses dias, e isso depende apenas de cada um de nós.

O importante é que mesmo em dias cinzentos nunca nos falte a vontade de sorrir.

 Voa, voa alto, mas antes não esperes que te ajudem a sair do casulo, porque "se não se esforçar para sair do casulo que te aprisiona, nunca será uma borboleta livre para voar"( Damião Maximino).

Desejo que tenhas um 2022 cheio de fé e esperança em TI  e nas TUAS capacidades.

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21
Nov21

Uma questão de controlo....só que não!

publicado por Tânia Teixeira

A palavra "CONTROLO" é bem conhecida no dicionário de quem sofre de ansiedade. Diria até que parece quase uma necessidade básica. O controlo exerce como que um "pseudo efeito calmante", ou seja, se controlar o que me rodeia estarei preparado(a) para qualquer "perigo" que apareça.

Imagine-se o quão limitante é viver assim, o quão cansativo é, pois há todo um estado de alerta ativo constantemente, para que possamos estar preprados para qualquer eventualidade. 

Diria que isto não é viver mas sim sobreviver, não se usufrui do presente, por se ter impresso no inconsciente memórias do passado, e por se antever situações futuras, que na realidade, muitas nem sequer se chegam a concretizar. Não é mau antever situações, e precaver sofrimentos, mau é viver sob esse constante sobressalto. 

Convido-te a fazeres essa análise, tomares consciência se isto te acontece, e sem julgamentos, perceberes que há um caminho a ser feito. O querer controlar não é necessariamente mau, de certeza que todos nós, em alguma situação específica, sentimos essa necessidade, contudo, o controlo é algo que nem sempre está nas nossas mãos. Arrisco-me até a dizer, que a maioria das situações foge do nosso controlo. 

E sabes, às vezes ainda bem que assim o é...

Falo por mim, o controlo sempre foi uma grande necessidade, precisava de sentir o terreno seguro, saber com o que podia contar, achava que na realidade eu tinha esse poder ao meu alcance. Mas a vida, várias vezes me mostrou o contrário, e continua a mostrar. Tenho a certeza que a pandemia veio trazer ainda mais esta consciência a todos nós. 

Continuo a não gostar de perder o controlo das situações, bem e quem gostará na verdade?...O cerne da questão está em saber gerir e saber viver no estado de "descontrolo". Não tem que ser o fim do mundo, e quem sabe, se o caminho passaria mesmo pela tua antevisão, ou plano? Quem sabe a vida não tem planos melhores para ti?

É uma reflexão que tenho feito nestes dias, e tive vontade de a partilhar contigo. 

Que tenhamos sempre a coragem e a humildade, de sentir gratidão até nos momentos menos bons, naqueles em que o controlo se perde (se é que alguma vez nos pertenceu), e que saibamos acolher em nós as surpresas da vida, de mãos e coração aberto. 

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11
Ago21

Silêncio

publicado por Tânia Teixeira

É bom poder usufruir do silêncio, sem que  ansiedade nos atropele o ser. O silêncio não tem que ser um "lugar" sombrio, frio e infeliz. Quando identificas o silêncio como algo incómodo, permite-te perceber o porquê. O silêncio traz-nos oportunidades de reflexão, de mudança, de perceção do nosso interior. Escuta-te no silêncio e entenderás que tipo de diálogo interno tens contigo.

Quando tens vozinhas demasiadamente ativas na tua mente, é normal que sintas o silêncio como impulsionador de tempestades internas, que se refletem no teu corpo. Eu sei o que isto é, também já passei por esse turbilhão interno, e sei que dói, se sei...

Mas é por isso que te escrevo. Outrora, também não me permitia estar sozinha, era desconfortável, "enfrentar-me" doía, enfrentar a minha sombra era demasiado pesado para mim. Mas quando me fui permitindo aos poucos conhecer-me, e conhecer a fundo tudo aquilo que me incomodava, o processo aligeirou-se.

O silêncio traz-te consciência, e a consciência desperta-te. A consciência tira-nos o nevoeiro dos olhos e permite que consigamos percecionar as coisas/situações com outra clareza e outra paz.

Não permitas que o teu burburinho interno se dissipe no meio do ruído externo. Fica sozinho(a), vai para o meio da natureza, questiona-te e espera as respostas, que apenas e só o silêncio te ajuda a encontrar.

O silêncio eleva-nos a estados de paz interior e tranquilidade, traz-nos equilíbrio, por isso não sejas a barreira da tua evolução, ouve-te sem ruídos de fundo...

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